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Saúde

O que já se sabe sobre a nova variante BA.2, baseada na ômicron

Por João Paulo Martins  em 25 de janeiro de 2022

A cepa do coronavírus apresenta sintomas semelhantes aos da ômicron, incluindo fadiga, suor noturno e garganta arranhando, mas pode ser mais difícil de ser detectada; entenda!

O que já se sabe sobre a nova variante BA.2, baseada na ômicron
(Foto: Pixabay)

 

Apelidada de variante “ômicron furtiva”, a BA.2 é uma nova cepa do coronavírus atualmente “sob investigação” da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UK Health Security Agency ou UKHSA).

Ela ainda está numa fase abaixo da categoria “variante de preocupação”, enquanto a agência britânica realiza análises adicionais, informa o jornal Metro.

“É da natureza dos vírus evoluir e sofrer mutações, por isso é de se esperar que continuemos a ver o surgimento de novas variantes”, afirma Meera Chand, diretora de incidentes da UKHSA, citada pelo periódico.

 

O que é a BA.2?

 

A nova cepa BA.2 é uma sub-linhagem da ômicron original (BA.1), mas parece ter certas diferenças que podem torná-la mais rápida na disseminação e mais difícil de detectar, por isso é chamada de “furtiva”.

A BA.2 é positiva para a proteína Spike, a maior das quatro principais proteínas estruturais encontradas no coronavírus, enquanto a BA.1 não. O fato de BA.1 não ter a proteína Spike foi fundamental para sua detecção e rastreamento, pois a distinguia da Delta, variante que vinha sendo predominante no mundo até então.

Segundo o Metro, não está claro onde a BA.2 surgiu, embora os primeiros casos tenham sido registrados nas Filipinas.

 

Quais são os sintomas da variante BA.2?

 

Atualmente, nenhum novo sintoma foi identificado.

Como a nova variante é uma sub-linhagem da ômicron, pode-se esperar sintomas semelhantes aos da cepa predominante no mundo, atualmente, incluindo:

  • Fadiga
  • Suor noturno
  • Garganta arranhando
  • Tosse seca
  • Dores musculares leves

Em relatório publicado pela Agência Nacional de Saúde do Reino Unido em 14 de janeiro, citado pelo Metro, especialistas do governo britânico detectaram perda de olfato ou paladar com menos frequência nas infecções pela ômicron do que nos casos da Delta (13% para ômicron e 34% para Delta).

 

Por que é chamada de variante “furtiva” da ômicron?

 

A BA.2 tem muitas características compartilhadas com a ômicron original (BA.1), mas a nova cepa recebe a chancela da furtividade devido a suas principais diferenças.

A ômicron foi relativamente fácil de rastrear por não ter a proteína Spike. Isso fez com que se destacasse em testes de PCR-RT (cadeia de polimerase) sem a necessidade de sequenciamento extra do DNA do vírus.

Mas a nova variante BA.2 possui a proteína, o que dificulta o monitoramento e o rastreamento.

Isso significa que, embora os testes de PCR ainda detectem se alguém tem essa versão da covid-19, as amostras precisariam ser enviadas para análises laboratoriais adicionais para determinar se é a nova variante.

Até agora, foram registrados 426 casos da BA.2 no Reino Unido, informa o Metro. O maior número de casos confirmados está em Londres (146) e no sudeste do país (97).

Em outras partes do mundo, os países que registraram mais de 100 casos de BA.2 são Índia (530), Suécia (181) e Cingapura (127).