Saúde
Pentágono cria implante que detecta covid-19
Especialista do Departamento de Defesa dos EUA diz que sensor pode detectar o coronavírus em até 5 minutos
Cientistas do Pentágono (centro de comando das Forças Armadas dos Estados Unidos) desenvolveram um implante de alta tecnologia que pode ser colocado sob a pele e detectar covid-19.
O equipamento inovador foi desenvolvido pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, na sigla em inglês), como mostra o programa 60 Minutes, da emissora americana CBS.
Além do sensor implantado no corpo para detecção do coronavírus (SARS-CoV-2), a DARPA também criou uma espécie de filtro revolucionário para remover a covid-19 do sangue do paciente.
Ao 60 Minutes, o coronel aposentado Matt Hepburn, especialista em doenças infecciosas do exército americano, explica que foi recrutado pelo Pentágono por oito anos para lidar com pandemias.
“Desafiamos a comunidade de pesquisa a apresentar soluções, mesmo que possam parecer ficção científica. Estamos dispostos a arriscar com investimentos de alto risco que podem não funcionar. Mas se derem certo, podemos transformar completamente o cenário”, comenta o militar ao programa da CBS.
Implante para analisar o sangue
Mostrando ao 60 Minutes “alguns projetos atuais”, Hepburn revela um aerogel (gel sólido e poroso) semelhante a um tecido, que foi projetado para testar continuamente o sangue.
“É um sensor. Aquela coisa verde minúscula aí, você coloca debaixo da pele e lhe diz se há reações químicas acontecendo dentro do corpo. Esse sinal indica que você deve apresentar sintomas no dia seguinte”, diz o coronel aposentado.
Quando questionado se era um “transmissor em tempo real”, ele explica que “é como uma luz de ‘verificação do motor’ [de um veículo]”.
Isso significa que os militares dos EUA seriam capazes de obter o resultado da infecção por SARS-CoV-2 antes de realizar a coleta de sangue para testes padrões.
“Podemos ter essa informação em três a cinco minutos. À medida que você reduz esse tempo, é capaz de diagnosticar e tratar, interrompendo a infecção que está em curso”, comenta Matt Hepburn ao 60 Minutes.
Para quem não sabe, a agência DARPA foi criada durante a Guerra Fria (1947-1991), há mais de 60 anos, e segundo o médico do exército americano, também desenvolveu um filtro revolucionário que pode ser conectado a uma máquina de hemodiálise para remover o coronavírus do sangue.
Segundo Hepburn afirma à CBS, você simplesmente coloca o filtro na máquina e quando “passa o sangue do paciente, o vírus é retirado”.