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Saúde

Portugal não recomenda vacina da AstraZeneca para maiores de 65

Por João Paulo Martins  em 08 de fevereiro de 2021

Segundo documento divulgado pelo governo português, idosos acima dessa idade só devem tomar o imunizante se for essencial

Portugal não recomenda vacina da AstraZeneca para maiores de 65
(Foto: Pixabay)

Em norma divulgada nesta segunda (8/2), o Serviço Nacional de Saúde de Portugal desaconselha maiores de 65 anos a tomarem a vacina contra covid-19 da AstraZeneca – a menos que isso seja essencial.

O imunizante produzido pela biofarmacêutica britânica pode ser usado em maiores de 18 anos como prevenção da infecção causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), mas, "até novos dados estarem disponíveis, deve ser preferencialmente utilizada em pessoas com 65 anos ou menos", de acordo com trecho do documento assinado por Graça Freitas, diretora-geral de saúde de Portugal.

O texto alerta que a vacina da AstraZeneca deve ser evitada por idosos acima de 65, a menos que seja a única opção. "Em nenhuma situação deve a vacinação de uma pessoa com 65 ou mais ser atrasada, se só estiver disponível a vacina da AstraZeneca", diz o documento.

As duas doses da vacina da AstraZeneca devem ser aplicadas com um intervalo de 12 semanas. "Se houver atraso em relação à data marcada para a 2ª dose, ou, por qualquer intercorrência, não puder ser administrada a 2ª dose, a mesma será administrada logo que possível", assinala a diretora-geral do Serviço Nacional de Saúde.

A única situação em que não deve ser administrada uma segunda dose é quando a pessoa imunizada já teve covid-19 ou se surgiu a infecção por SARS-CoV-2 após a primeira dose.

Tal como já acontecia com a vacina da Pfizer, o imunizante britânico é desaconselhado a pessoas que tenham uma "história de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes ou mesmo histórico de reação anafilática a uma dose anterior".

Ainda na norma publicada nesta segunda (8/2), o governo português assinala que as pessoas devem esperar pelo menos 30 minutos no local onde foram vacinadas, para evitar possíveis reações.

"Após procedimentos clínicos, como a vacinação, existe a possibilidade de lipotimia [queda de consciência], principalmente em adolescentes e adultos, ou, muito raramente, reação anafilática. Por essas razões, as pessoas devem aguardar, na posição sentada ou deitada, pelo menos 30 minutos antes de abandonar o local onde foram vacinadas", orienta o documento assinado por Graça Freitas.

Não há dados sobre a administração da vacina da AstraZeneca em grávidas. Ainda assim, o governo português recomenda que seja aplicada "se os benefícios esperados ultrapassarem os potenciais riscos para a mulher". Quem está amamentando (e pertence ao grupo de risco) deve ser vacinada, sem prejuízo para a amamentação e sem efeitos adversos conhecidos para a criança.

Portugal recebeu no último domingo (7/2) o primeiro lote de 43.200 vacinas do consórcio da AstraZeneca com a Universidade de Oxford (Reino Unido), a terceira contra o novo coronavírus a chegar ao país, depois da da Pfizer e da Moderna.