Sabia que Cuba diz ter tratamento para o vitiligo como o da Natália do BBB 22?

A modelo e empresária mineira Natália Deodato, de 22 anos, é uma das participantes do reality show Big Brother Brasil 22, da Rede Globo, e logo chama a atenção por ser portadora do vitiligo.

Na verdade, Natália não esconde sua despigmentação da pele e faz questão de conscientizar as pessoas nas redes sociais sobre o vitiligo. Como ela mesma diz em seu perfil no Instagram: “Somos todos #vitiLINDOS”.

Mas existe cura para o vitiligo?

Como mostra o site da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo é uma doença caracterizada pelas lesões que se formam na pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células que formam a melanina, pigmento que dá cor à pele). “As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença”, esclarece a entidade médica.

A SBD lembra que existem tratamentos que dão bom resultado, mas existe cura. “O tratamento visa cessar o aumento das lesões [estabilização do quadro] e também a repigmentação da pele. Existem medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas como tacrolimus derivados de vitamina D e corticosteroides”, afirma o site da entidade.

Porém, o médico cubano Carlos Cao Miyares, publicou em 1976 um estudo mostrando que o medicamento melagenina plus, que acabara de inventar, apresentava sucesso em até 88% dos portadores de vitiligo.

O melagenina é composto de extrato alcoólico de placenta humana e cloreto de sódio. Ele é produzido pelo Centro de Histoterapia Placentária de Cuba e exportado para todo o mundo.

No Brasil, o registro do medicamento foi cancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2009, sendo proibida a comercialização e importação. No entanto, pode ser importado, mediante prescrição médica, em caráter excepcional.

Além disso, um documento de 2005 do Conselho Federal de Medicina, assinado pelo então conselheiro Edevard José de Araújo, afirma que “embasado no parecer da Sociedade Brasileira de Dermatologia, sou de opinião que a eficácia da melagenina para o tratamento do vitiligo ainda não foi comprovada por meio de trabalhos com a metodologia científica exigida atualmente”.