Se não bastasse a covid-19, agora, Inglaterra tem surto de norovírus

A covid-19 ainda preocupa na Inglaterra mas as autoridades de saúde alertam para o aumento no número de casos de norovírus, patógeno que causa diarreia e vômito. Os níveis estão superiores aos vistos antes da atual pandemia.

Como mostra o jornal britânico The Guardian, dados oficiais revelam que o norovírus, que é altamente infeccioso, está muito mais disseminado do que o normal para nos meses de verão (hemisfério norte). Ele tem se espalhado de forma particularmente rápida nas últimas semanas entre crianças em idade pré-escolar que estão levando o vírus para as casas e contaminando todas as faixas etárias.

O norovírus causa vômito e diarreia, mas geralmente a infecção é eliminada em alguns dias. Ele é transmitido pelo contato com indivíduos infectados ou superfícies contaminadas. Os sintomas incluem náusea, temperatura alta, dor abdominal e membros doloridos.

Dados da Public Health England (Saúde Pública da Inglaterra), citados pelo periódico, mostram que nas últimas cinco semanas (julho e junho), 154 casos foram relatados, em comparação com uma média de 53 no mesmo período dos cinco anos anteriores.

Durante a pandemia de covid-19, as taxas foram baixas devido às regras de distanciamento social e ao maior cuidado com a higiene, mas têm aumentado desde que as restrições começaram a diminuir no início de abril, alerta o The Guardian.

“O norovírus, comumente conhecido como o ‘vírus do vômito’, estava em níveis mais baixos que o normal durante a pandemia, com menos oportunidades de se espalhar entre as pessoas da comunidade, mas à medida que as restrições diminuíram, vimos um aumento nos casos em todas as faixas etárias”, esclarece Saheer Gharbia, vice-diretor do serviço nacional de infecção da Public Health England, citado pelo jornal.

As taxas de surtos de vírus entéricos (que afetam o sistema gastrointestinal), principalmente norovírus, dobraram de 105 para 236 entre 31 de maio e 4 de julho, com 65% dos casos em creches ou escolas e 30% em lares de idosos.

O órgão de saúde pública da Inglaterra alerta para a necessidade de tomar medidas para reduzir a propagação do vírus, incluindo lavar as mãos com sabão (não basta usar álcool gel) e evitar alimentos e superfícies que posam estar infectados.