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Bem-Estar

Redes sociais estão afetando a saúde mental dos jovens

Por João Paulo Martins  em 04 de fevereiro de 2021

Estudo britânico aponta declínio do bem-estar e da autoestima de adolescentes de 14 anos, que piorou com a quarentena

Redes sociais estão afetando a saúde mental dos jovens
(Foto: Pixabay)

A saúde mental dos adolescentes está sendo prejudicada pelo uso intenso das redes sociais, conclui um estudo realizado pelo Instituto de Políticas Educacionais e pelo The Prince’s Trust, ambas instituições do Reino Unido.

A pesquisa revela que o bem-estar e a autoestima eram semelhantes em todas as crianças em idade escolar.

O bem-estar de meninos e meninas é afetado aos 14 anos, mas a saúde mental das garotas cai significativamente em seguida, conforme o estudo publicado em janeiro na revista Young People’s Wellbeing.

A falta de exercícios é outro fator contribuinte – agravado pela pandemia, afirmam os pesquisadores.

De acordo com a pesquisa:

  • Uma em cada três meninas estava insatisfeita com sua aparência pessoal aos 14 anos, em comparação com uma em cada sete no final da escola primária
  • O número de jovens com provável doença mental aumentou para um em seis (era um em nove em 2017)
  • Os meninos na última fase da escola primária tinham baixa autoestima aos 14 anos do que seus pares

O bem-estar de ambos os sexos caiu durante a adolescência, com as meninas experimentando um declínio maior, afirma o relatório.

No entanto, os especialistas reconhecem que a autoestima e o bem-estar das meninas se estabilizam à medida que chegam ao final da adolescência, enquanto para os meninos continua a cair.

Internet causando problema

O uso intenso das redes sociais foi associado a bem-estar e autoestima negativos, independentemente do estado mental do jovem, com mais meninas experimentando sentimentos de depressão e desesperança.

A pesquisa recém-publicada usou dados de 5.000 jovens ingleses.

Renda familiar, exercícios e saúde materna precária também contribuíram para o estado mental dos jovens, conclui o estudo.

A prática regular de atividade física teve um impacto positivo em ambos os sexos.

“A participação em atividades e esportes diminuiu drasticamente devido ao fechamento e bloqueio de escolas na quarentena, provavelmente afetando negativamente a saúde mental e o bem-estar”, diz trecho do relatório.